segunda-feira, 29 de novembro de 2021

 



CASAMENTO

CAMILA HELENA DE OLIVEIRA & RODRIGO KERN

27 NOVEMBRO 2021


O simpático e querido casal, Camila Helena de Oliveira & Rodrigo Kern, escolheu a acolhedora Capela do Puríssimo Coração de Maria para a celebração do casamento e o Beach Club Acqua Plage, na badalada Praia de Jurerê Internacional, para recepcionar os familiares e amigos mais próximos.

A noite foi perfeita, um final de tarde espetacular e uma noite estrelada, cenário para comemorar o amor de um lindo casal.

Agora, passada a correria dos últimos dias que antecederam o casamento, o casal descansa em lua de mel.

O nosso muito obrigado pela confiança que nos foi depositada e a todos os profissionais envolvidos que nos ajudaram na realização de mais um lindo sonho de amor.

Estavam conosco:

Bolo: La Nine Cake

Bem Casados: José Oscar Ventura

Buffet: Acqua Plage

Cabelo / Maquiagem: Luciane Winter

Cerimonial: Leal Ventura Cerimonial

Decoração: ArqFlora

Doces: Amábile Meyer

Foto / Video: Júlio Trindade

Geradores: Power

Música Cerimônia: Cordas a Dois

Música Recepção: DJ Leandro Simas

Crédito da Imagem: Júlio Trindade


sexta-feira, 5 de novembro de 2021

 


VESTIDO DE NOIVA (parte II)


Texto: Humberto Leal


O casamento cristão teve início na Idade Média, com o rito da cerimônia acontecendo em uma igreja ou templo, por ser um local público, tal qual vivenciamos, ainda, nos dias de hoje.

Nas famílias mais humildes desse período, a união dos cônjuges era considerada um festejo popular realizado no centro da comunidade, em um domingo santo. Geralmente Santo Antônio era o que abençoava e protegia essas uniões sem dote. A celebração do casamento popular se dava em maio, no início da colheita, representando a fertilidade da terra e a abundância dos alimentos. 

A noiva burguesa, habitante do burgo e filha do mercador, do banqueiro e do comerciante, mostrava-se com o ventre saliente, o que demonstrava a sua capacidade de procriação. 

No Renascimento, com a ascensão da burguesia mercantil, a apresentação da noiva se tornou mais luxuosa. A jovem nubente se vestia com veludo e brocado, ostentando o brasão da família e com as cores do herdeiro, ao qual sua família estava se filiando.

O uso da tiara nos cabelos passou a ser um adereço obrigatório e foi a precursora da atual grinalda.

No final do Renascimento, o código de elegância barroca foi determinado pelas cortes católicas da Espanha onde se estabeleceu o preto como a cor correta a ser usada publicamente como demonstração da índole religiosa. Essa cor era aceita como sendo a mais adequada para os vestidos de noiva.

A primeira noiva a se vestir de branco foi Maria de Médici ao se casar com Henrique IV, herdeiro da coroa francesa. A princesa italiana, mesmo sendo católica, não comungava da estética religiosa espanhola, e assim se mostrou em brocado branco como prova da exuberância das cortes italianas.

Nesse período, o matrimônio popular acontecia em praça pública, onde as noivas seguiam um cortejo pela praça levadas pelo ancião do vilarejo. A noiva deveria ostentar, nessas cerimônias, o que de melhor sua família podia oferecer. No enxoval, ela deveria levar consigo, ao menos, três vestidos: um que pudesse usar em outras cerimônias iguais, um para os domingos e um mais simples para as tarefas do dia.

No período Rococó, as noivas  casavam-se vestidas com tecidos brilhantes, bordados com pedrarias, com muitos babados de renda nas mangas e nos decotes. As cores preferidas eram florais e as mais comuns o lilás, o laranja suave e o verde claro.

A Revolução Francesa aboliu o padrão de elegância luxuoso, próprio da aristocracia que existia desde a Idade Média, e o substituiu por um padrão mais discreto, puritano e burguês, de origem inglesa. Este padrão valorizou a pureza de caráter como a maior qualidade da noiva e projetou sobre ela a cor branca como símbolo da sua inocência virginal. Acrescentou-se a esse traje um véu branco e transparente como símbolo da sua castidade, preso à cabeça por uma guirlanda de flores de cera. Nesse momento foi introduzido o uso do linho, da lã e de tecidos mais opacos para os vestidos de noiva.

Em 1854, o papa Pio IX proclamou que as noivas deveriam demonstrar por meio do traje branco a Imaculada Concepção, assim como Maria, a Imaculada.

Essa noiva agregou à sua veste um adereço de mão que podia ser um terço ou um pequeno livro de orações. A partir da segunda metade do século XIX, o Iluminismo transferiu para o branco a ideia de luz,   abundância, claridade e da soma de todas as cores. O branco continuou a representar a pureza e a castidade, e foi agregada ao traje a flor de laranjeira como símbolo de fertilidade.

O relicário de mão foi substituído por um buquê de flores naturais colhidas no dia da cerimônia.

A imperatriz Sissi, que se casou em 1854 com Francisco José, o imperador da Baviera, usou um lindo buquê de rosas naturais e representou a noiva de crinolina.

O século XX estabelece um cerimonial novo para o matrimônio, que se estende por todas as classes sociais, cujo traje nupcial acompanhou toda a evolução da moda, com o sistema de alta costura que vestiu todas as princesas do século e foi divulgado pelos jornais e revistas de moda e, posteriormente, também pelo cinema e televisão.

Na década de 60, a moda foi tomada pelo sistema prêt-à-porter, pela minissaia e pelo vestido tubo.

Nesse momento, o vestido de noiva já pode ser comprado pronto. O modelo mais conhecido desse período foi o vestido do segundo casamento de Brigite Bardot: curto,  feito em tecido de algodão xadrez nas cores rosa e branco, que demonstrava uma noiva campestre e natural.

A força da cerimônia matrimonial como a realização do sonho da moça que encontra seu príncipe encantado deu-se nos anos 80 com o casamento de Lady Diana Spencer com o Príncipe de Gales, futuro rei da Inglaterra. O traje dessa cerimônia mostrou a tradição da elegância da realeza da Casa de Windsor, representado na releitura do vestido da Rainha Vitória e no uso do diadema real como símbolo medieval do patrimônio das famílias, na estrutura do vestido da imperatriz Sissi, a imperatriz romântica, com o modelo da Branca de Neve, como a donzela pura e nobre que encontra seu príncipe encantado.

O matrimônio, como instituição, renasce com força total a partir da década de 90, com fortes traços da revolução que transformou costumes durante a década de 60, herdando o direito de acrescentar às suas intenções o desejo de sucesso amoroso para ambas as partes. E, partir daí, o limite da criatividade das grandes marcas de moda internacionais como Chanel, Gautier, Lacroix, Reem Acra, Vera Wang, Carolina Herrera, dentre outros, passou a ser infinito, definindo tendências para todo o mundo.

O matrimônio renasceu e renasce a cada dia, assim como a sua história.

Crédito da Imagem: Dalmo Ouriques Emotionphoto

Fonte de Pesquisa: 

O Processo Civilizador, Uma História dos Costumes (vol. I), Norbert Elias

www.noivasmodernas.com.br / www.casamentocivil.com.br