quinta-feira, 7 de julho de 2011



A Origem da Gravata


Texto: Humberto Leal

A gravata é uma tira de tecido estreita e longa, usada em torno do pescoço e que é presa por um nó na parte da frente. A gravata faz parte do vestuário masculino, em costumes ou ternos, muito embora algumas mulheres também a use, dependendo da moda, da estação e do traje escolhido por elas.



O termo gravata deriva do francês "cravate", que tem sua origem na palavra "croat", em referência aos croatas, os primeiros a apresentar a indumentária à sociedade parisiense.



A primeira utilização de objetos de forma semelhantes às gravatas, como as conhecemos hoje, foram identificadas entre os egípcios. Arqueólogos identificaram em torno do pescoço de múmias egípcias uma espécie de amuleto conhecido como “Sangue de Ísis”. Esse objeto em ouro ou cerâmica possuía a forma de um cordão arrematado com um nó, cuja função era proteger o corpo dos “perigos da eternidade".



Uma outra possível origem da gravata remonta há milhares de anos, quando os guerreiros do imperador chinês Shih Huang Ti’s usavam um tipo de cachecol com um nó em volta do pescoço como símbolo de “status” e de elite entre as tropas, de forma semelhante à gravata como conhecemos atualmente.



Os romanos já faziam uso de algo parecido com a gravata. Acredita-se que este acessório tenha sido utilizado pelos oradores romanos com o objetivo de aquecer suas gargantas.



Atribui-se a introdução da gravata aos soldados croatas a serviço da França durante a guerra dos trinta anos. Os pedaços de tecidos, atados ao pescoço dos soldados com vários laços ou nós, teriam causado enorme alvoroço em toda a sociedade francesa. Este acessório era usado com distintivo militar pelos croatas, sendo de tecido rústico para os soldados e de algodão ou seda para os superiores.



Os nós de gravata são invariavelmente executados com movimentos da ponta mais larga, partindo de uma posição inicial em que ambas as pontas fiquem caídas ao longo do corpo até um ponto que varia conforme o comprimento da gravata e a complexidade do nó desejado. Os nós mais usados iniciam-se com a costura da gravata voltada para dentro.



Como a usamos hoje, os nós mais conhecidos são: o “Nó de Windsor”, o “Meio-Windsor”, o “Nó Americano” ou “Four-in-Hand” e o “Nó de Shelby” ou “Nó de Pratt”.



O nó mais simples e pouco conhecido é o chamado "Nó 3.1", ou, como chamam os franceses, "Petit Noeud". É apenas um nó simples em volta da ponta estreita da gravata, mas, em muitos casos, é mais satisfatório do que o popular nó americano.



De acordo com a tendência da moda masculina ou do gosto pessoal, os tecidos, cores e padronagens variam muito. Vale salientar que o bom-senso deve sempre prevalecer na hora de escolher a gravata certa para cada ocasião.



Fonte de Pesquisa: “La Grand Histoire de la Cravate” (Flamarion, Paris, 1994)

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