terça-feira, 2 de outubro de 2012



Os Noivos e as Religiões


Texto: Humberto Leal da Cunha



Ao preparar um casamento, cerimônia e recepção aos convidados, devemos levar em consideração que nem tudo serão somente flores. Com toda certeza, encontraremos algumas pedras no caminho, e, como para tudo há uma solução, nada de lágrimas, vamos em frente.

Uma das muitas dúvidas dos futuros noivos é quando se deparam com algumas situações. A principal delas é quando as religiões são distintas e nenhum dos dois quer se converter à religião do outro, ou pela família ou pela convicção pessoal. Como hoje tudo está mais prático, nada de pânico, ou de fazer aquilo que não se quer. Nada como uma boa conversa com os familiares.

Procurar um local neutro, no qual todos possam estar presentes, sem restrições, e realizar a cerimônia dentro das normas religiosas de cada um, cada qual com seu celebrante, para juntos vivenciarem essa nova união, seria o mais acertado, o que chamamos de uma celebração ecumênica.

Eu, particularmente, já presenciei vários casamentos nesses moldes, e me pareceu muito interessante, além de ser uma forma de conhecermos outras religiões, outras culturas, diferentes da nossa. Por isso, nada de preconceitos, até porque, além de fora de moda, hoje seria ilegal.

Alba Noschese, em seu livro Casamento Prêt-à-Porter, coloca muito bem essa situação ao dizer que “... bom senso se traduz em aceitação e gestos simpáticos. A cerimônia ecumênica é a praxe e os ritos são lindos em suas particularidades. Casar no civil é a saída para aqueles que dispensam as bênçãos divinas. As gentilezas ficam reservadas, então para as festividades, que tanto podem ser traduzidas em um menu que combine pratos típicos quanto na seleção das músicas... vale lembrar que essas atitudes são pequenas homenagens, e que transformar o casamento em um teatro de outra cultura é extremo mau gosto...”

Não havendo consenso entre os noivos ou os familiares, o casamento civil é, sem dúvida, a melhor opção. Na recepção, pode-se optar pelas homenagens, como foi citado acima.

O mais importante é o respeito e a admiração que se deve ter pelo outro e pelas suas escolhas e não o que gostaríamos que o outro fosse para nós, só assim poderemos ser mais justos e, quem sabe, construir uma sociedade menos preconceituosa.


(Foto: Divulgação)

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