Os Noivos e as
Religiões
Texto: Humberto Leal da Cunha
Ao preparar um casamento, cerimônia e
recepção aos convidados, devemos levar em consideração que nem tudo serão
somente flores. Com toda certeza, encontraremos algumas pedras no caminho, e, como
para tudo há uma solução, nada de lágrimas, vamos em frente.
Uma das muitas dúvidas dos futuros
noivos é quando se deparam com algumas situações. A principal delas é quando as
religiões são distintas e nenhum dos dois quer se converter à religião do outro,
ou pela família ou pela convicção pessoal. Como hoje tudo está mais prático,
nada de pânico, ou de fazer aquilo que não se quer. Nada como uma boa conversa
com os familiares.
Procurar um local neutro, no qual todos
possam estar presentes, sem restrições, e realizar a cerimônia dentro das
normas religiosas de cada um, cada qual com seu celebrante, para juntos
vivenciarem essa nova união, seria o mais acertado, o que chamamos de uma
celebração ecumênica.
Eu, particularmente, já presenciei
vários casamentos nesses moldes, e me pareceu muito interessante, além de ser
uma forma de conhecermos outras religiões, outras culturas, diferentes da
nossa. Por isso, nada de preconceitos, até porque, além de fora de moda, hoje
seria ilegal.
Alba Noschese, em seu livro Casamento Prêt-à-Porter, coloca muito
bem essa situação ao dizer que “... bom
senso se traduz em aceitação e gestos simpáticos. A cerimônia ecumênica é a
praxe e os ritos são lindos em suas particularidades. Casar no civil é a saída
para aqueles que dispensam as bênçãos divinas. As gentilezas ficam reservadas,
então para as festividades, que tanto podem ser traduzidas em um menu que
combine pratos típicos quanto na seleção das músicas... vale lembrar que essas
atitudes são pequenas homenagens, e que transformar o casamento em um teatro de
outra cultura é extremo mau gosto...”
Não havendo consenso entre os noivos ou
os familiares, o casamento civil é, sem dúvida, a melhor opção. Na recepção,
pode-se optar pelas homenagens, como foi citado acima.
O mais importante é o respeito e a
admiração que se deve ter pelo outro e pelas suas escolhas e não o que
gostaríamos que o outro fosse para nós, só assim poderemos ser mais justos e,
quem sabe, construir uma sociedade menos preconceituosa.
(Foto:
Divulgação)
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