sexta-feira, 14 de agosto de 2020

 

                   HISTÓRIA DO CHAMPANHE                                                    

Texto: Humberto Leal 

No século XVII, na região francesa de Champagne, situada a 160 quilômetros de Paris, um abade de nome Dom Pierre Pérignon era o responsável pela administração das cantinas da Abadia Hautvilles.  Para incrementar o vinho que fabricava, resolveu adicionar à fórmula tradicional, fabricado com uvas Pinot Noir e Chardonay, durante a segunda fermentação, um xarope açucarado, mais leveduras e gotas de uma poção mágica, que foram ditadas a ele por anjos celestiais. Quando foi engarrafar o novo experimento, o abade resolveu trocar as rolhas de madeira e pano por outras mais fortes, feitas de cortiça, que, segundo ele, o vinho frisante se conservaria melhor e impediria que o precioso liquido vaporizasse.

E o milagre se deu!

Ao provar o novo vinho espumante que acabara de criar, Dom Pérignon considerou estar bebendo estrelas.  E, dessa forma, nasceu o vinho que recebeu o nome daquela região: Champagne.

Conhecido como champanha ou champagne (palavra francesa), este vinho branco espumante é preparado através de dois métodos: o Champenoise (segunda fermentação, na própria garrafa) ou Charmat (segunda fermentação em grande recipiente fechado que elimina os sedimentos através de decantação).

O nome Champagne vem de uma região demarcada da França, com cerca de 30 mil hectares, incluindo as imediações da Montanha de Reims, o Vale de Marne e a Côte de Blancs, no distrito de Reims (onde vivia o abade Dom Pérignon) e Epernay, além das Vinhas de Aube.

Na França, somente os espumantes produzidos nessa região são denominados champagne. Os demais são denominados de mousseaux. No Brasil, denominamos vinhos espumantes ou vinhos frizantes, segundo seus produtores e os acordos internacionais estabelecidos.

O champagne apresenta-se em três formas: brut (muito seco com 1,5% de liqueur d’expédition, que é a mistura do açúcar e do vinho para a sua preparação), demi-sec (um pouco mais doce, de 6% a 8% de liqueur d’expédition) e extra-sec (seco).

O champagne é servido em taças tipo tulipa (flûte) com borda estreita para favorecer o perlage (desprendimento do gás carbônico) e em temperaturas que variam entre 6° e 8°C. Acompanha a maioria das refeições, e pode ser consumido a qualquer hora do dia ou da noite.

Dicas Para Servir:

* O champagne deve sair da copa na temperatura na qual está conservado (10° a 12°C) e ser refrigerado até a temperatura ideal (6° a 8°C) na caçamba, após a solicitação do cliente.

* Para gelar mais rapidamente, coloca-se gelo com sal grosso (sem água) na caçamba.

* A caçamba deverá estar encoberta por um guardanapo, no tripé ou em mesa auxiliar (guéridon).

* No serviço do champagne, não há degustação; o garçom, ou o anfitrião, deve servir um fundo de taça para compatibilizar a temperatura do champagne e da taça, a fim de evitar que o líquido transborde, para completá-la, após todas as servidas da amostra, com cerca e 2/3 de sua capacidade.

* A taça ideal para degustar o champagne é a flûte, de boca estreita e forma alongada, que permite o melhor desprendimento do gás carbônico (perlage, identificador do champagne) e a apreciação de seus delicados aromas....

Foto: Divulgação

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