A Origem da Gravata
Texto: Humberto Leal
A gravata é uma tira de
tecido estreita e longa, usada em torno do pescoço e que é presa por um nó na
parte da frente. A gravata faz parte do vestuário masculino, em costumes ou
ternos, muito embora algumas mulheres também a use, dependendo da moda, da
estação e do traje escolhido por elas.
O termo gravata deriva do
francês "cravate", que tem sua origem na palavra "croat",
em referência aos croatas, os primeiros a apresentar a indumentária à sociedade
parisiense.
A primeira utilização de
objetos de forma semelhantes às gravatas, como as conhecemos hoje, foram
identificadas entre os egípcios. Arqueólogos identificaram em torno do pescoço
de múmias egípcias uma espécie de amuleto conhecido como “Sangue de Ísis”.
Esse objeto em ouro ou cerâmica possuía a forma de um cordão arrematado com um
nó, cuja função era proteger o corpo dos “perigos da eternidade".
Uma outra possível origem da
gravata remonta há milhares de anos, quando os guerreiros do imperador chinês Shih
Huang Ti’s usavam um tipo de cachecol com um nó em volta do pescoço como
símbolo de “status” e de elite entre as tropas, de forma semelhante à gravata
como conhecemos atualmente.
Os romanos já faziam uso de
algo parecido com a gravata. Acredita-se que este acessório tenha sido
utilizado pelos oradores romanos com o objetivo de aquecer suas gargantas.
Atribui-se a introdução da
gravata aos soldados croatas a serviço da França durante a guerra dos trinta
anos. Os pedaços de tecidos, atados ao pescoço dos soldados com vários laços ou
nós, teriam causado enorme alvoroço em toda a sociedade francesa. Este
acessório era usado com distintivo militar pelos croatas, sendo de tecido
rústico para os soldados e de algodão ou seda para os superiores.
Os nós de gravata são
invariavelmente executados com movimentos da ponta mais larga, partindo de uma
posição inicial em que ambas as pontas fiquem caídas ao longo do corpo até um
ponto que varia conforme o comprimento da gravata e a complexidade do nó
desejado. Os nós mais usados iniciam-se com a costura da gravata voltada para
dentro.
Como a usamos hoje, os nós
mais conhecidos são: o “Nó
de Windsor”, o “Meio-Windsor”, o “Nó Americano” ou “Four-in-Hand” e
o “Nó de Shelby” ou “Nó de Pratt”.
O nó mais simples e pouco
conhecido é o chamado "Nó 3.1", ou, como chamam os franceses,
"Petit Noeud". É apenas um nó simples em volta da ponta
estreita da gravata, mas, em muitos casos, é mais satisfatório do que o popular
nó americano.
De acordo com a tendência da
moda masculina ou do gosto pessoal, os tecidos, cores e padronagens variam
muito. Vale salientar que o bom-senso deve sempre prevalecer na hora de
escolher a gravata certa para cada ocasião.
Fonte de Pesquisa: “La Grand Histoire de la Cravate” (Flamarion,
Paris, 1994)
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